Esta
discussão é daquelas que envolve a todos e cada um tem uma posição a defender,
como em quase tudo, baseada no interesse próprio mais imediato.
Os
críticos fervorosos entendem que ninguém é capaz de assimilar conteúdos
meramente descritivos apenas pela leitura, pesquisas, buscas e experimentos
práticos só pela internet. Para esse perfil, o aluno só aprende se levar duas
horas num transporte caótico, ficar quatro horas sentado numa cadeira, anotando
os apontamentos expostos numa lousa ou quadro negro, como preferem os mais
saudosos.
Não
consideram nem que a presença física de um professor, geralmente um semideus na
matéria, pode inibir e bloquear o entendimento mais do que a leitura isolada,
como permite o computador, com debate com outros alunos no mesmo nível e com as
mesmas dificuldades.
Na
exposição presencial, o professor cita as várias versões e conclui com a
posição que ele defende ou adere, aquela seguida pela maioria, a mais correta,
a mais precisa, a mais técnica, a mais eficiente, a mais justa. A mais, a mais,
a mais...
Desconsideram
até que atualmente há recursos audiovisuais nos quais o aluno pode repetir o
assunto que tenha dúvida reiteradas vezes, sem atrapalhar outros como ocorre
numa classe com vários colegas. Pode ser acrescido de gráfico, de vídeo de
casos práticos, sem dúvida com ampla vantagem, pois ali ele está só, com
concentração total.
Na
aula presencial, o aluno depende do tempo do professor, quando o aluno perde ou
chega atrasado numa aula, perde a matéria do dia, fica atrasado com relação aos
demais colegas e o professor não dispõe de tempo para dar exclusividade ao
aluno que possibilite se recuperar.
No
estudo pela internet, por conta própria, tudo que foi dito se inverte. O tempo
é o do aluno, ele consolida seu próprio conceito a partir da comparação entre
os autores, não sofre constrangimento nas suas exposições.
Por
tudo isso, é incompreensível que seja tão tímida a disponibilização de cursos,
mesmo privados, pela rede mundial de computadores.
O
governo federal, os estaduais e até os municipais deveriam criar sites de
faculdades gratuitas para todos os cursos, sem limite de acesso e disponível a
todos. Caso não seja possível, ao menos que a limitação seja na casa dos
milhões permitindo que aqueles que queiram estudar o façam de onde tiver um
computador. A avaliação para atestar o conhecimento ficaria a critério dos
órgãos oficiais. Pelo grau de rejeição, no início, poderia ser presencial, já
que a sociedade mundial tem necessidade de reconhecimento e aferição.
Todo
conhecimento deveria ser o mais difundido possível. Nos letreiros de
rodoviária, de metrôs, de trens, em outdoors, em panfletos, enfim, em tudo que
possa repassar uma mensagem educativa.
Pedro Cardoso da costa – Interlagos/SP para o JV
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