JAMBO VERDE - ESTER MAIA, A ATIVISTA DO BEM

A cidade de Atalaia do Norte, no Alto Solimões, acordou sem acreditar no fato trágico ocorrido na noite desse sábado, 15, com a antropóloga Ester Maia. Um acidente ocorreu quando Ester voltava de Benjamin Constant para Atalaia do Norte, em uma motocicleta, na BR-307.
A antropóloga foi encontrada por um casal que também voltava da cidade vizinha para Atalaia do Norte, próxima ao km 10, na curva do depósito de lixo de Atalaia. A vítima foi socorrida pelo casal, que imediatamente acionou o resgate da Unidade Mista de Atalaia do Norte, Hospital São Sebastião (UMAN).
Ester chegou ao hospital, por volta das 20h, horário local, já desacordada, vindo a falecer minutos depois. Segundo informações do médico, enfermeiros e técnicos plantonistas que realizaram procedimento de urgência, foi constatado que a vítima sofre
u uma forte batida na cabeça, evoluindo para traumatismo craniano, levando a vítima ao óbito.
Com a notícia do acidente, a cidade de Atalaia do Norte parou. Rezas e orações eram entoadas por amigos e familiares. A rua que dá acesso a unidade de saúde de Atalaia do Norte ficou cheia de amigos, parentes e conhecidos que preferiam não acreditar no ocorrido.
O corpo segue às 15h, para a cidade de Benjamin Constant, onde acontece o enterro por volta das 17h, horário local.

Exemplo

Desde sua entrada no Instituto Natureza e Cultura (INC), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), polo em Benjamin Constant, Ester cursou e formou-se em antropologia, daí sua vida não foi mais a mesma. A antropóloga tornou-se ativista dos direitos das mulheres e minorias. Atualmente, era membro do Observatório da Violência de Gênero no Amazonas, vinculado a UFAM, coordenado pela professora Flávia Melo, que tem por intuito inibir a violência.
Ester Maia estava atualmente trabalhando na Fundação Nacional do Índio (Funai), unidade de Atalaia do Norte, junto a outros profissionais, na defesa dos direitos dos povos indígenas do Vale do Javari.
A sua maior marca era sempre o sorriso, a alegria estampada no rosto que cativava as pessoas. Ester também defendeu a transformação por meio da educação. Ela foi defensora maior das liberdades, principalmente, a liberdade de expressão, sem contar as de ir e vir, dos afrodescendentes e dos homo afetivos na Tríplice Fronteira.
Como colaboradora do Blog Jambo Verde, suas matérias eram voltadas a defesa dos mais fracos e oprimidos.
Ester, uma cidadã que vai deixar saudades. Essa é a homenagem do Blog Jambo Verde à esse exemplo de mulher.

Texto: Nailson Tenazor e Matheus Ravel Tenazor

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