BERLIM — Um membro do grupo Chaos Computer Club demonstrou
em evento realizado neste fim de semana que o uso da biometria não é tão segura
quanto parece. Com fotografias tiradas com uma câmera comum, Jan Krissler
conseguiu “clonar” a impressão digital da ministra da Defesa alemã, Ursula von
der Leyen.
— Os políticos devem usar luvas quando falarem em público —
brincou Krissler, em uma convenção do grupo realizada em Hamburgo.
A cópia da impressão digital foi feita a partir de uma
fotografia em close-up do dedo da ministra. Krissler explica que também usou
outras imagens, de diferentes ângulos, tiradas em uma entrevista coletiva em
outubro.
Com o uso de um software comercial de manipulação de
imagens, o hacker foi capaz de reproduzir as linhas do dedo indicador da
ministra.
A impressão digital como forma de identificação foi implementada
em versões recentes de smartphones e tablets da Apple e da Samsung, e também
esteve presente em algumas cidades brasileiras nas eleições deste ano. Contudo,
especialistas alertam que o método não pode ser considerado seguro.
— Biometrias que confiam em informações estáticas, como
reconhecimento de face ou impressão digital. Não é trivial para forjar, mas a
maioria das pessoas aceita que elas não são tão seguras, porque podem ser
falsificadas — disse Alan Woodward, professor da Surrey University, à BBC. — As
pessoas estão começando a procurar por opções onde a biometria é viva, como
reconhecimento das veias nos dedos, análise de gestos corporais.
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