7 a 0 para o Brasil. Não, não é
sonho com a revanche da Copa do Mundo, e sim o retrospecto depois do torneio:
sete jogos, sete vitórias. Nesta quinta-feira, talvez o mais difícil desses
sete “gols” foi marcado. A Seleção saiu atrás da França, mas virou com
autoridade no Stade de France, palco da final de 1998 e onde o Brasil jamais
havia marcado sequer um gol em três jogos contra os anfitriões: 3 a 1.
Colômbia, Equador, Argentina,
Japão, Turquia, Áustria e França. É claro que nada tira o peso do vexame do
Mineirão, mas nesses amistosos, o Brasil jogou como exige o futebol moderno:
compacto, rápido, letal. Sinônimos de Neymar, que fez seu 43º gol pela Seleção
e igualou-se a Jairzinho (presente na comissão técnica) e Rivellino na quinta
posição do ranking.
Varane rima com Zidane. Quando
fez 1 a 0 em cabeçada certeira e muito parecida com a do gênio há 17 anos, o
fantasma ameaçou rondar Paris. Só ameaçou. Varane é só Varane. Zidane surgiu em
campo apenas antes do jogo, para ser homenageado ao lado de Desailly, Vieira e
Thierry Henry, craques históricos da França.
Aplicado na marcação, o Brasil
usou e abusou do “estilo Dunga”. Combate intenso, e muita velocidade entre
roubar a bola e finalizar. Neymar de dentro da área e Firmino de fora exigiram
boas defesas de Mandanda, mas nada semelhante ao que fez Jefferson, monstruoso
ao defender cabeçada de Benzema e finalização de Griezmann.
No fim do primeiro tempo, Oscar
tabelou com Firmino e deu um bico (literalmente) no fantasma azul: 1 a 1.
Placar mais adequado à realidade do primeiro tempo.
Para vencer, o Brasil precisava
dos melhores jogadores pós-Copa: Willian e Neymar. O meia do Chelsea encontrou
o atacante do Barcelona, que invadiu a área e, já num ângulo difícil, acertou
um chute que só é permitido a craques. Uma bomba!
Também saiu dos pés de Willian o
terceiro gol, em cobrança de escanteio para Luiz Gustavo cabecear no cantinho.
Gol que jogou nas águas do Rio Sena a pressão francesa e trouxe o jogo para
total domínio. A primeira vitória no Stade de France foi embalada por “olé”. Zidane,
das tribunas, deve ter gostado. Melhor para o Brasil que ele veja de fora...
No próximo domingo, o adversário
será o Chile, em Londres. Depois, em maio, Dunga já convocará para a Copa
América, que será disputada em junho, no Chile. A partida será transmitida ao
vivo pela TV Globo, Sportv e GloboEsporte.com. O site também acompanha em Tempo
Real.
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