Amazonas participa de Campanha de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e intensifica combate a este crime
Nesta terça-feira, 28 de
julho, durante a abertura da Campanha Estadual de Enfrentamento
ao Tráfico de Pessoas e Atenção aos Refugiados e Migrantes
no Amazonas, a secretária de Estado de Justiça, Direitos Humanos
e Cidadania (Sejusc), Graça Prola, afirmou que o Amazonas tem intensificado o
combate ao tráfico de pessoas por meio de uma rede de serviços, que conta com o
Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, com nove postos avançados nos
municípios do interior e três em Manaus.
“Nesses locais, é feito o
atendimento direto da população, tanto migrante quando população de rua e
vítimas de exploração sexual. Dentro deles, nós temos indícios de situação de
tráfico, seja para adoção ilegal, trabalho escravo, casamento servil ou outras
formas de exploração que nós encaminhamos para a Polícia Federal ou para a
Polícia Civil”, afirmou a secretária.
A abertura do evento aconteceu no
auditório da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AM), onde também foi
realizado um clico de palestras. Às 18h, prédios históricos da cidade, como
Teatro Amazonas, Palácio Rio Negro, Palácio da Justiça e Palacete Provincial,
além da Sejusc e da OAB/AM, serão iluminados na cor azul, símbolo da campanha.
De 2011 a 2014 foram registrados
20 casos de tráfico de pessoas no Amazonas, sendo 18 para fins de exploração
sexual e dois para trabalho escravo. Este ano, até agora, houve uma denúncia.
“Nós sabemos que esses dados não refletem a realidade, pois a maioria das
vítimas não denuncia por medo”, explicou Graça Prola.
Segundo a secretária, o Amazonas
é rota do tráfico internacional de pessoas para países como Venezuela,
Suriname, Espanha, Portugal, Suíça e Holanda. Ela afirmou ainda que o sistema
de repressão pequeno no controle dos aeroportos e portos, a grande
vulnerabilidade social e econômica das vítimas e a busca por novas
oportunidades e condições de vida são os principais fatores que dificultam o
combate mais eficaz ao tráfico de pessoas.
Campanha – No Amazonas, a
campanha está sendo realizada pelo Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e
Cidadania (Sejusc), em parceria com a Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (Infraero) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AM), e segue
até sexta-feira, 31 de julho, em Manaus.
A programação faz parte da
campanha nacional “Coração Azul contra o Tráfico de Pessoas”, do
Ministério da Justiça e acontece simultaneamente com outros Estados da
Federação. O evento conta também com o apoio do Comitê
Intersetorial de Prevenção e Enfrentamento ao
Tráfico de Pessoas e Atenção aos Migrantes e Refugiados do
Amazonas.
Nesta quarta, 29, e quinta-feira,
30, das 8h às 17h, também vão ser realizadas abordagens educativas simultâneas
em vários pontos de Manaus, como aeroporto, rodoviária, Porto do
Ceasa, Posto de fiscalização da AM-010 e porto da Manaus Moderna.
Reflexão - De amanhã
até sexta-feira, das 10h às 3h, a exposição temática “Liberdade Não se Compra”
será realizada no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Uma caixa de
madeira simulando uma “gaiola” medindo 65cm³, adesivada com a
imagem de uma mulher aprisionada ficará circulando nas
esteiras de bagagens nos horários de pico de
passageiros no Aeroporto (das 10h às 15h e das 22h às 3h). A ideia é
causar impacto nas pessoas que chegam ao aeroporto e gerar reflexão
sobre o tema.
Uma outra “gaiola”, com
dimensões de 2,5 x 2,5 ficará no saguão de desembarque para
que o público entre na caixa e conheça algumas
histórias de pessoas que foram vítimas do tráfico. “Essa
gaiola é uma espécie de galeria, na qual os visitantes poderão ler e
observar o material temático que vai estar dentro e fora da caixa”, comenta
Prola.
Denúncia – Existem vários
canais de denúncia, inclusive, internacionais. Os gratuitos são os
disque 100, 180 e 181. O fixo de Manaus é (92) 3632-0554 e
os do exterior são 900 990 055 (Espanha), 800 800 550 (Portugal) e 800 172 211
(Itália). Nos três últimos, o código 61 3799 0180
deve ser informado. Para denúncias por e-mail é netp.amazonas@amazonas.am.gov.br.
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