Os recentes aumentos de 6% da
gasolina e 4% do diesel podem não ser os últimos neste ano. Em Manaus, na manhã
desta sexta-feira (9), o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB),
afirmou que a manutenção dos preços dos combustíveis "dependerá do mercado".
O ministro não se aprofundou em
critérios de reajustes, mas disse que a aplicação de novos preços dependerá de
uma série de fatores. Entre eles, a cotação do dólar.
"Tudo dependerá do mercado. Não há tabelamento de preços. É preço livre na área de combustíveis, depende das circunstâncias de câmbio e de custo do barril de petróleo. São questões de mercado que definem os preços dos combustíveis", afirmou o ministro.
"Tudo dependerá do mercado. Não há tabelamento de preços. É preço livre na área de combustíveis, depende das circunstâncias de câmbio e de custo do barril de petróleo. São questões de mercado que definem os preços dos combustíveis", afirmou o ministro.
Os reajustes
nos preços de venda da gasolina e do diesel nas refinarias estão em vigor
desde o dia 30 de setembro. O valor do combustível nas bombas varia e depende
de determinação dos postos. A empresa, endividada em dólar, já vinha sendo
pressionada pelo câmbio alto nos últimos meses. Em 2015, o dólar acumula alta
de 52% sobre o real.
Aumentos anteriores
Em novembro de 2014, a Petrobras já havia aumentado o preço de venda nas refinarias da gasolina e do diesel, com altas de 3% e 5%, respectivamente.
Em novembro de 2014, a Petrobras já havia aumentado o preço de venda nas refinarias da gasolina e do diesel, com altas de 3% e 5%, respectivamente.
Em janeiro de 2015, a tributação incidente sobre a gasolina e o diesel também foi elevada. O aumento foi repassado ao consumidor pelos postos de gasolina.
De acordo com o Fisco, o impacto do aumento seria de R$ 0,22 por litro para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. Porém, o aumento variou nos postos.
Em agosto deste ano, a Petrobras
anunciou também aumento
do preço do gás de cozinha - o gás liquefeito de petróleo para uso
residencial, envasado em botijões de até 13 kg (GLP P-13). A alta média
anunciada foi de 15%.
TCU e "pedaladas"
Eduardo Braga comentou o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), que indicou a rejeição das contas do governo federal de 2014. Para o ministro de Minas e Energia, há "politização do parecer do TCU".
Eduardo Braga comentou o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), que indicou a rejeição das contas do governo federal de 2014. Para o ministro de Minas e Energia, há "politização do parecer do TCU".
"É um parecer prévio, que
não é um julgamento terminativo. Aquilo que não achava indevido em anos
anteriores, agora acha indevido neste ano. O TCU disse algo muito grave, que
essas subversões são empréstimos disfarçados ao governo federal. O que vamos
fazer? Vamos acabar com o Bolsa Família? Vamos acabar com os empréstimos com as
empresas? Com todo respeito ao Tribunal de Contas, há pontos do programa que
precisam melhorar, mas há uma certa politização desta posição do TCU nesse
parecer prévio", avaliou Braga.
As irregularidades, como as
chamadas "pedaladas fiscais", apontadas pelo TCU, foram contestadas
pelo ministro. "É importante que a população entenda que esse parecer
prévio foi baseado em algumas premissas chamadas, pela opinião pública, de
pedaladas. A Caixa Econômica Federal é responsável pelo pagamento do Bolsa
Família e tem um contrato com o governo. O contrato diz que essa é uma
contraprestação de serviço onde se tem estimativas de valores pagos todos os
meses. O governo deposita e se no final do mês o pagamento do Bolsa Família
teve uma variação para cima, a Caixa não vai deixar de pagar, a conta fica
devedora e o governo cobre. Ao longo do período de 2014, esse saldo não foi
negativo, mas houve durante algum período o que ficou negativo. O que entendeu
o TCU, que isso era um empréstimo. Isso não é um empréstimo. É uma
contraprestação de serviço em que ora tem dinheiro do governo federal e ora da Caixa
Econômica, que é remunerada", afirmou Eduardo Braga.
O ministro disse que aguarda a
manifestação do Congresso. "Aí sim será o julgamento das contas em cima do
parecer prévio do TCU", afirmou Braga.
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