Eleição para Conselheiro Tutelar é cancelada em Manaus



A eleição para Conselheiro Tutelar, quadriênio 2016/2020 foi cancelada, na noite deste domingo, 04, após reunião do colegiado do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). A decisão aconteceu na sede do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), já perto de meia-noite, e baseou-se nas diversas denúncias feitas durante todo o dia por eleitores que procuraram os colégios eleitorais da capital para votar. A nova data do pleito ainda será anunciada. 
As inconformidades no processo eleitoral começaram a ser relatadas ainda pela manhã, pela própria presidente do CMDCA, Gecilda Albano, responsável pelo pleito. Assim que a secretária municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos, Goreth Garcia Ribeiro, foi comunicada dos fatos, convocou uma reunião para discutir qual seria a postura da Prefeitura de Manaus e decidiu apoiar qualquer decisão tomada pelo conselho, único a ter legitimidade para cancelar as eleições.


“A Prefeitura de Manaus se declara favorável à decisão tomada pelo CMDCA. Nós temos acompanhado todos os dias o desenvolvimento deste processo e temos o entendimento que é preciso avançar muito mais para sanar problemas que ficaram visíveis. Uma saída correta para estas deficiências apresentadas durante o pleito mostra que é preciso um envolvimento muito maior de todos os componentes desta eleição”, afirmou a secretária Goreth Garcia Ribeiro.

A presidente do CMDCA informou que o conselho foi totalmente favorável a realização de um novo pleito e disse que, desta vez, pedirá maior apoio da Prefeitura de Manaus. Um convênio com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AM) também não está descartado, já que o órgão possui experiência na realização de processos eleitorais.  

“Em decorrência de todas as falhas que ocorreram contra a nossa vontade, nós explanamos a situação para a secretária da Semmasdh e elencamos as situações que mais prejudicaram o pleito. Achamos melhor promover uma nova eleição, desta vez com um suporte maior, contando novamente com o apoio da Prefeitura de Manaus e dos parceiros envolvidos para que desta vez as eleições aconteçam sem qualquer tropeço. Reconhecemos a falha, como conselho, em tentar levar uma eleição sem que precisássemos contar com toda a infraestrutura da prefeitura, mas só me resta pedir desculpas à população e convocar todos à comparecerem às urnas em uma nova data”, declarou Gecilda Albano.

Nomes fora da lista
Entre as reclamações relatadas, muitos eleitores apontaram a ausência de nomes nas listas de votação disponibilizadas pelo TRE. Segundo a presidente do CMDCA, Gecilda Albano, o envio destas listas pelo órgão foi concluído apenas no fim da tarde de sexta-feira, 02, e, com isso, alguns cadernos acabaram não sendo impressos e disponibilizados nas escolas. O cadastramento biométrico e pendências junto ao TRE também causaram confusão, pois muitos eleitores não sabiam se deveriam ir ao colégio antigo ou novo.

“Para quem fez o cadastramento biométrico antes do dia 23 de setembro, o local de votação foi o definido durante o cadastramento. Mas quem fez o cadastro do dia 24 de setembro em diante, teria que votar no colégio eleitoral antigo, pois a lista foi fechada nesta data. Como muita gente não se atentou para esta situação, acabou procurando o colégio errado”, declarou Gecilda Albano.

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