MANAUS — A Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária iniciou na manhã desta quarta-feira a transferência de 17
detentos, apontados como chefes de facções criminosas que lideraram o massacre
de 56 presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, no dia
1º de janeiro. Eles serão levados para os presídios federais.
O delegado Ivo Martins, responsável pelas investigações do
massacre, foi quem solicitou a transferência. A medida já era esperada no final
de semana, mas ocorreu somente hoje.
Os presos, segundo Ivo, foram apontados pelas investigações
como os principais responsáveis por articular o massacre. Ele disse ainda que o
número de transferência deve aumentar.
Sem revelar muitos detalhes, o secretário da Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária (Seap), Pedro Florêncio disse apenas que
os detentos serão levados em um avião da Polícia Federal, que deverá sair do
Aeroporto Eduardinho.
Na última segunda-feira, a Justiça do Amazonas determinou o
retorno para Manaus de 20 detentos
transferidos para o município de
Itacoatiara. Os presos foram retirados da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa após
a morte de quatro presos na madrugada de domingo. A decisão, segundo o Comitê
Integrado de Crise do Sistema Penitenciário, formado por órgãos estaduais,
municipais e federais, atende a pedido da Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária (Seap) visando a segurança dos presos.
O secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, afirmou
que os detentos transferidos para Itacoatiara — e que retornaram ontem para a
capital — enfrentaram “pressão” dos demais que já estavam na unidade:
— O problema é que eles não se instabilizaram (na unidade),
e as autoridades locais não viram com bons olhos que (esses) presos ficassem
por lá. Por isso foi solicitado que eles retornassem à capital, e a juíza
determinou dentro da realidade encontrada lá.
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