Do G1 - RESUMO DOS ATAQUES - No Rio Grande do Norte, paz no presídio de Alcaçuz foi negociada com facção
NATAL — O governo do Rio Grande
do Norte decidiu negociar com o PCC para tentar retomar — ainda esta semana — o
controle da penitenciária estadual de Alcaçuz, na Grande Natal. O presídio, o
maior do estado, foi palco da matança de pelo menos 26 detentos no fim de
semana. Segundo informações obtidas pelo GLOBO, uma delegada da Polícia Civil e
um oficial da Polícia Militar foram designados para conversar com criminosos. O
objetivo da negociação é evitar novo confronto com o Sindicato do RN, bando
local rival da facção paulista.
Os policiais negociadores
receberam a missão de descobrir as exigências dos presos e identificar quais
delas poderiam ser atendidas. Uma das reivindicações foi atendida nesta
quarta-feira: um grupo de 220 detentos, ligados à facção local, foi transferido do
presídio de Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal, para a Penitenciária
Estadual de Parnamirim (PEP). A retirada dos presos foi concluída entre 18h30m
e 18h39m, mais de três horas após as tropas do Batalhão de Operações Policiais
Especiais (BOPE) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) entrarem na
unidade.
Juíza recusa presos e
transferência de 116 detentos é desfeita no RN
Não deu certo a transferência
envolvendo uma permuta de 220 detentos de três presídios da Grande Natal,
operação realizada na tarde desta quarta-feira (18). É que a juíza corregedora
da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, onde 26 detentos foram mortos no final de
semana, não aceitou a entrada de novos internos na unidade. A Secretaria
Estadual de Segurança (Sesed) confirma a história, mas não sabe explicar o que
causou a mudança nos planos. Alcaçuz fica em Nísia
Floresta, cidade da Grande Natal.
Ao todo, 116 presos que saíram da
Penitenciária Estadual de Parnamirim,
também na região Metropolitana da capital potiguar – e que deveriam ficar
custodiados em Alcaçuz – tiveram que ser acomodados na Cadeia Pública de Natal,
como é mais conhecido o Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes. A
unidade fica na Zona Norte da cidade.
Ataques a delegacias e a ônibus
causam pânico a moradores do RN
A onda de violência que estava
restrita aos presídios chegou às ruas no Rio Grande do Norte. Delegacias foram
atacadas e 14 ônibus queimados. Mais de 400 mil pessoas, que dependem do
transporte público, ficaram sem transporte público.
A transferência dos chefes de uma das facções que dominam o presidio de Alcaçuz começou na tarde desta quarta (18). Duzentos e vinte detentos foram levados para a penitenciária estadual de Parnamirim, também na região metropolitana. Mais cedo, a penitenciária recebeu presos de outras carceragens da Grande Natal. O objetivo é separar as facções criminosas nos presídios.
A transferência dos chefes de uma das facções que dominam o presidio de Alcaçuz começou na tarde desta quarta (18). Duzentos e vinte detentos foram levados para a penitenciária estadual de Parnamirim, também na região metropolitana. Mais cedo, a penitenciária recebeu presos de outras carceragens da Grande Natal. O objetivo é separar as facções criminosas nos presídios.
Durante a tarde, foram registrados
ataques e incêndios de veículos. Dois homens em uma moto dispararam em direção
a uma delegacia que fechou as portas mais cedo.
Um carro oficial do governo do
estado também foi atacado e parcialmente queimado, 12 ônibus acabaram
incendiados. No primeiro ataque, um veículo que estava na rua ficou totalmente
destruído, mas ninguém se feriu.
Um pouco mais tarde, grupos
queimaram outros oito ônibus na garagem de uma empresa. No mesmo momento, houve
troca de tiros. Outro incêndio aconteceu dentro de um terminal.
Por causa dos ataques, as
empresas de ônibus recolheram os veículos das ruas ainda no fim da tarde. Cerca
de 400 mil pessoas ficaram sem transporte público na volta para casa.
Resultado: paradas lotadas e muita gente com medo.
No ano passado, o Rio Grande do
Norte sofreu uma onda de ataques comandada de dentro das cadeias que durou nove
dias. Foi uma vingança depois que os presídios receberam bloqueadores de
celular.
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