Dirigentes dos bois Caprichoso e
Garantido participaram de encontro na Secretaria de Cultura para fazer
avaliação preliminar das condições para realização do evento em 2017
O Festival Folclórico de Parintins
poderá voltar a contar com o apoio do Governo do Amazonas neste ano. A notícia
foi dada no início da tarde desta sexta-feira (10), na sede da Secretaria de
Cultura, numa reunião entre o secretário Robério Braga e os dirigentes dos dois
bois parintinenses, Babá Tupinambá, presidente do Caprichoso, e Adelson
Albuquerque, presidente do Garantido.
Ao lado de Robério, encarregado
pelo governador José Melo de estudar a retomada do apoio ao evento, os
dirigentes dos bumbás fizeram uma avaliação preliminar das condições para a
realização do Festival 2017.
“Essa foi uma reunião
preparatória, para verificar como está o Festival, como os Bois estão
trabalhando, e como o Governo do Estado, dentro de suas restrições
orçamentárias, pode contribuir para o evento deste ano. Isso será levado ao
governador, numa reunião ainda nesta ou na próxima semana”, declarou o
secretário.
Satisfação - Os dirigentes
dos bois deixaram evidente a satisfação pela notícia da possível retomada do
apoio do Governo. “Para nós é uma alegria, principalmente nesse momento que
atravessamos, com dificuldades financeiras em todas as cidades e em todos os
órgãos. Temos a esperança de que, com o Governo do Estado, poderemos fazer
novamente uma grande festa. Essa parceria é fundamental”, afirmou Adelson, do
Vermelho.
Para Babá, o encontro trouxe uma
notícia pela qual ele aguardava há muito tempo. “Sempre esperamos que o Governo
e a Secretaria de Cultura voltassem a dar seu apoio ao Festival, pois sabemos
da importância deles”, disse o presidente do Azul. “Estou feliz também em poder
passar essa notícia a Parintins, que sempre quis essa volta”, completou.
Infraestrutura, transportes e
acesso - À parte o apoio do Governo, a reunião também tratou dos problemas
vivenciados em Parintins em termos de infraestrutura, transportes e acesso.
Exemplos disso são o Aeroporto Júlio Belém, que teve as operações suspensas
pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em outubro passado, e o Porto de
Parintins, que esteve interditado por risco de segurança e que apenas há pouco
tempo voltou a funcionar.
Na avaliação de Robério, os
problemas demonstram a dificuldade da cidade sede do Festival para recolher
frutos do evento. “Parintins não consegue se beneficiar do resultado da festa.
O Governo Amazonino Mendes, lá atrás, levou água, luz, meio-fio e outras
estruturas, mas a cidade não saiu do lugar em termos de turismo”, opinou o
secretário de Cultura.
Ajuda do Governo - O
presidente do Caprichoso reconheceu os problemas e manifestou esperança de que
eles sejam superados com a ajuda do Governo. “O País passa por uma crise que
afeta todos os setores. Em Parintins, o aeroporto está com problema e o porto
já reabriu. Pedimos apoio do Governo para operacionalizar o sistema de som e
luz no Festival. Creio que ele vai se sensibilizar e dar mais essa ajuda”,
disse.
O encarecimento de custos como
hospedagem e alimentação no período do Festival de Parintins foi outro tema
levantado na reunião. Na avaliação de Adelson, a questão que deverá ser
enfrentada este ano pelas associações folclóricas e por todos os
órgãos envolvidos no ramo do turismo no município.
“A Prefeitura está com uma nova
visão de conscientização e vai fazer uma reunião, com a presença dos Bois, com
proprietários de bares, restaurantes, agências, para se ter preços justos. É
inadmissível um bodó que custa para nós R$ 3, na época do Festival custar R$
15. Isso espanta o turista”, declarou.
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