O número de mortos depois das
chuvas e deslizamento que atingiram Mocoa, no sul da Colômbia, subiu para 254,
em balanço divulgado pela CNN, BBC e a Reuters, na manhã deste domingo (2).
Cerca de 1,1 mil estão mobilizados na busca de desaparecidos. O governo
decretou estado de calamidade pública.
A Cruz Vermelha estima que 220
pessoas ficaram feridas. O site da rádio colombiana Caracol afirma que o número
de desparecidos ainda está indeterminado. No levantamento da Cruz Vermelha
divulgado no sábado (1º), mais de 200 pessoas estavam desapare
cidas. Devido ao elevado número de desaparecidos, o número de mortos pode subir bastante ainda.
A cidade de 45 mil habitantes,
capital do departamento de Putumayo, ficou devastada
depois de ser atingida por fortes chuvas na noite de sexta-feira (31). A
CNN relata que o temporal, que começou às 22h30 (no horário local), foi tão
rápido que as pessoas tiveram que correr para escapar da água.
Os rios Mocoa, Mulato e Sancoyaco
transbordaram e muita terra foi arrastada até o centro de Mocoa, que fica perto
da fronteira com o Equador e Peru. Pontes e estradas ficaram destruídas.
Dezessete bairros foram afetados.
Apenas com o nascer do dia as autoridades puderam ver a amplitude dos estragos.
“Mocoa é uma capital desolada, sem água, sem luz, sem gás”, diz o jornal “El
Tempo”.
O presidente Juan Manuel Santos
foi à Mocoa para supervisionar os esforços de resgate e falar com as famílias afetadas.
Fotos divulgadas força aérea
mostravam ruas na vizinha cheias de lama e casas danificadas, enquanto vídeos
de celulares nas mídias sociais mostravam moradores buscando por sobreviventes.
Um vídeo publicado no Twitter mostra como ficou Mocoa após as fortes chuvas.
Así está Mocoa Putumayo pic.twitter.com/TUkfVGBJ7W
"É uma área grande",
disse à Caracol o prefeito de Mocoa, José Antonio Castro. "Uma grande
parte das muitas casas foi tomada pela avalanche, mas acima de tudo as pessoas
foram avisadas com tempo suficiente para sair, mas casas em 17 bairros foram
devastadas."
Menos de um mês antes disso,
outro deslizamento de terra matou várias pessoas perto de Medellín, quase 500
quilômetros (310 milhas) ao norte.
Nesta manhã, o Papa Francisco
expressou sua solidariedade com as vítimas da tragédia em Mocoa. Ele irá
visitar a Colômbia em setembro deste ano.
Resgates
A Cruz Vermelha, o Corpo de
Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil participam das operações
de resgate. O trabalho das equipes de resgate é difícil, porque o acesso ao
local é limitado. As únicas opções de transporte são avião e estradas
precárias, de acordo com a BBC. O Itamaraty informou neste domingo (2) que o governo
brasileiro ofereceu ajuda para a Colômbia.
Do G1
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