Amazonense cria antena capaz de captar sinal de TV sem interferência em barcos



Quem depende de embarcações para se deslocar dos municípios do interior para a capital amazonense, ou vice-versa, muitas vezes pode se sentir entediado por não ter o que fazer durante as horas de viagem. Mas essa situação pode mudar em breve: um estudante amazonense está desenvolvendo uma antena que captará sinal de TV aberta ou fechada independente da localidade. A novidade pode beneficiar pessoas que utilizam embarcações e ribeirinhos de toda região amazônica. 

O estudante de Engenharia de Controle e Automoção Nilton Ferreira, 23, contou que recebeu de um empresário o desafio de desenvolver uma antena que se adaptasse a qualquer região. “Ele já tem uma antena, mas ela não sintoniza automaticamente, ele precisa ligar para a empresa. Então, ele perguntou se a gente conseguiria desenvolver uma mais funcional”, disse. 
A antena está sendo desenvolvida pelo jovem desde outubro do ano passado e deve ficar totalmente operacional no mês de julho deste ano. Segundo ele, diferente das antenas parabólicas que existem no mercado, a que está sendo desenvolvida por ele não sofrerá interferência, independente da região ou clima. “No caso da TV aberta não teremos esse risco de ficar sem sinal, pode ocorrer apenas com uma empresa de canais fechado, mas não é por causa da nossa antena”, disse.

O jovem afirmou que, apesar da antena estar sendo projetada pensando nas embarcações, ela poderá ser utilizada em comunidades do interior e “libertará” as pessoas do isolamento. “Essa antena poderá ser usada nos barcos, municípios do interior e em comunidades, essas pessoas não ficarão mais isoladas”, garantiu.
O universitário contou que cada antena poderá transmitir sinal para até 16 aparelhos de TV. Como está sendo desenvolvida sob encomenda para um empresário, a primeira antena deve ter um custo de R$ 12 mil, mas segundo Nilton, o custo poderá ser reduzido até para R$ 6 mil dependendo dos investidores.   

Tecnologia
Segundo Nilton, o projeto também utiliza inteligência artificial, porque é apenas um posicionamento via servomecânismo que procura sempre a melhor qualidade do sinal.
“No projeto nós utilizamos um setorizador para rastrear o transponder da antena. Esse equipamento mostra se o satélite está conectado ou não. Após essa confirmação, nós pegamos este sinal e colocamos diretamente num controlador, onde é feito o controle pelos atuadores”, explicou.
Acostumada a fazer viagens de barco pelo menos uma vez no mês,  a dona de casa Ivaneide Ribeiro, 39, contou que a falta do que fazer durante as horas de viagem deixam o percurso ainda mais cansativo e começou a sonhar com a possibilidade de ter uma televisão transmitindo a programação de canais abertos e ‘fechados’.
 “Seria um sonho ficar deitada na minha rede assistindo minha novelinha preferida ou, até mesmo, um filme. Ficar horas dentro do barco sem fazer nada é muito entediante e cansativo. Essa antena começa a ser comercializada quando mesmo? Já vou dar a dica para o dono da embarcação”, contou a dona de casa, que estava aguardando a saída do barco para o Município de Anorí. 
A universitária Verônica Martins, 30, disse que a novidade deixará as viagens mais prazerosas. “Acho que hoje qualquer pessoa fica cansada com a viagem, sem fazer nada, mas a partir do momento que tiver uma televisão funcionando não ficaremos tão cansados porque teremos alguma coisa para fazer, vamos ter uma entretenimento tanto no barco como nessas comunidades”, disse a universitária. 
Fonte: Acritica.com

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