"Além disso, haveria
solicitação de outros valores relacionados à atuação em benefício do grupo
empresarial J&F no tocante ao destravamento das compensações de créditos de
PIS/COFINS com débitos do INSS", aponta a delação.
Joesley e Saud ainda apontam
pagamentos de forma corrente em favor de Roberta Funaro, como suporte
financeiro em razão da prisão de seu irmão, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro,
tido como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela
Operação Lava Jato.
O empresário e Rocha Loures
voltaram a se encontrar em outras duas oportunidades após a reunião entre Temer
e Joesley, que prometeu "lançar mais crédito na planilha" à medida em
que ações políticas que favorecessem o grupo J&F fossem bem-sucedidas.
Joesley citou, por exemplo, que
seria benéfico a ele se o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
concedesse uma liminar que afastasse o monopólio da Petrobras no fornecimento
de gás para uma termelétrica do grupo, de acordo com a delação do empresário.
O dono da JBS acreditava que
obteria lucro caso isso acontecesse e prometeu "abrir planilha"
e repassar 5% desse valor a Temer. O representante do presidente, Rocha
Loures, aceitou o acordo. Após a divulgação da delação, o Cade negou ter
adotado qualquer tipo de favorecimento ao grupo J&F.
Fonte:Uol
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