Eleição suplementar: “Estou ‘tinindo’ e voltando para reconstruir o Amazonas, afirma Amazonino Mendes
O candidato da coligação
“Movimento pela Reconstrução do Amazonas“, Amazonino Mendes (PDT), também
conhecido pelo eleitor dele como ‘Negão”, foi o entrevistado desta terça-feira
(27), da série da Rede Tiradentes com os candidatos ao governo do Amazonas na
eleição suplementar.
Amazonino, que havia afirmado que
não seria mais candidato, explicou que nunca deixou de ser político e que,
“vendo as coisas desmoronarem e a falta de atenção dos administradores com as
coisas do Estado”, resolveu se candidatar.
Evitando usar a palavra ‘melhor’
para se definir como opção como candidato, afirmou: “Ser melhor não é bom
negócio, mas estou no melhor momento da minha vida e me sinto convocado para
devolver a esperança ao povo do Amazonas!”.
Referindo-se ao processo que
culminou com a cassação do governador José Melo (PROS), Amazonino afirmou:
“Deus escreve certo por linhas tortas! Tirou um governador do poder e abriu uma
oportunidade para a pessoa certa consertar o que foi feito de errado. Foi o
amor pelo meu Estado que me fez voltar!”. Usando uma expressão própria de sua
geração, ele reafirmou que, além de preparado, está disposto. “Estou tinindo!”,
garantiu.
O candidato fez críticas à
Segurança Pública, à Saúde e à Educação. “Nunca vimos uma situação como esta,
com o avanço da criminalidade em Manaus. Os hospitais funcionavam e educação
era ótima!”, lembrou. Ele afirmou que mantinha o Estado organizado e
funcionando com menos de 20 R$ bilhões de hoje. “Tudo isso me dá forças para
concorrer e consertar a Casa!. Tenho certeza que conserto!”, garantiu.
Sobre o candidato Eduardo Braga
(PMDB), que tenta inviabilizar a eleição dele no Tribunal Regional Eleitoral
(TRE-AM), Amazonino disse que trata-se apenas de estratégia jurídica para
“tomar o tempo da Justiça”, afirmou que não é inimigo do senador, mas
adversário político. E desafiou: “Vamos pra luta, Eduardo. Vamos disputar a
eleição!”
Lava Jato: Alertando que não há
nenhuma mensagem nisso, Amazonino disse que “Não se mete nessa história e não
quer saber disso!”
Em relação aos outros candidatos,
Amazonino afirmou que “Todos têm direito de postular o cargo.”, e fez críticas
ao governador interino, David Almeida (PSD), que apóia a candidata Rebecca
Garcia (PP). “Em vez de estar fazendo política, o governador deveria estar
preocupado com a administração do Estado, resolvendo os problemas
administrativos do maior Estado da Federação.
O episódio “Então Morra!”
Instigado a explicar o episódio
do diálogo com uma migrante paraense moradora de uma área de risco de Manaus
que ele visitava, onde teria reagido com a frase “Então morra!”, Amazonino
explicou que a reação dele foi, na verdade de preocupação com a vida da mulher,
que teria insistido em continuar vivendo no local.
Ele garante que o uso do episódio
pela imprensa e pelos adversários para atingi-lo politicamente, não o deixou
com nenhum ‘ranço’ ou raiva dos paraenses. “Se eu tivesse raiva de paraenses,
não teria elegido o Eduardo Braga!”, diverte-se, e concluiu: “Meus principais
secretários são paraenses! Isso virou folclore e eu ainda brinco muito
com isso!”
Sobre os assessores mais diretos
e secretariado do futuro governo, o candidato avisa que vem com renovação. “É
preciso renovar tudo e garimpar talentos! Vou buscar pessoas novas dentro das
universidades – a UEA e a UFAM!”
Economia – O candidato fez
críticas à condução administrativa do Estado. “Em razão da falta de gestão, a
verdade é que tudo acabou! “Antes de tudo, é necessário organizar a máquina! É
preciso ter amor para organizar o Estado. Se tiver amor, as coisas andam!” e
afirmou que preciso investir bem e com prudência. “O limite prudencial acende
uma luz vermelha! Ele criticou o empreguismo e outras práticas de alguns
governantes e administradores, afirmou que rever os contratos “graciososos” e
fazer uma revisão da folha de pagamento. “O que existe é um desregramento, uma falta
de compasso, de gestão!”, afirmou.
Amazonino lembrou que a Zona
Franca de Manaus é um eterno alvo dos empresários e do governo de São Paulo,
que pretende resgatar a capacidade do Pólo Industrial de Manaus de gerar
empregos: “Governar é criar empregos! Tem que chamar as empresas e conversar
para manter os empregos! Para criar emprego, é preciso organizar o Estado!”,
mas afirmou que é preciso buscar uma alternativa ao antigo modelo. “Nós não
temos respeito pelo nosso futuro! Não buscamos uma alternativa!”
Sobre a modernidade, Amazonino
afirmou que pretende investir em tecnologia para governar o Estado e que
desenvolveu uma ótima ligação com a internet. “Acho uma ‘selfie’ uma coisa
divertida!”. Revelou, ainda, que lê e-books, que costa de música no comutador,
mas que, “como bom caboclo, continuo gostando de pescar. Tudo isso me ajuda e
me renovar, remoçar me manter jovem!”
Saúde – “Não pretendo fazer novas
obras! Quero restaurar o que existe, melhorar os hospitais, a oferta de
consultas médicas e remédios, dando maior atenção à Central de medicamentos.
Não é fazer novos, mas restaurar o que está aí!”
Segurança Pública – Um dos
problemas que mais preocupam o eleitor – “Vai aplicar a Inteligência para o
combate ao crime!”. Como exemplo de ação, Amazonino citou o projeto do
ex-prefeito de Nova Yorque, Rudolph Giuliani, “Tolerância Zero”. “É preciso
reorganizar o setor de Segurança e dar dignidade à Polícia Militar, respeitar a
hierarquia e melhorar as condições e dar mais dignidade aos soldados!”
Finalizando, pediu a confiança do
eleitor e reafirmou a obstinação de trabalhar pela reconstrução do Estado. “O
que precisa é mostrar ao povo o que se pode fazer!”
Nesta quarta-feira (28), a Rede
Tiradentes entrevista o candidato da coligação “Coragem e Atitude para Mudar o
Amazonas”, do PSD, Marcelo Serafim.
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