Essa historia, se passou há muito
tempo atrás. Havia na Comunidade Indígena de São Luiz, no Rio Javari. Um índio
que se chamava Robertinho Kanamary, era tão sadio, que nem coceira ele pegava.
E, com isso, Robertinho via seus amigos adoecerem, e serem removidos de barco
rápido, motor de popa 200hp.
Robertinho, se imaginava ali,
naquele barco, sendo conduzido por grandes profissionais de saúde.
Malária, no Robertinho?
Os mosquitos passavam longe,
muito longe! Nenhuma lamina coletada do índio de saúde de ferro dava positivo
para vivax ou falciparum. Um dia, Robertinho teve uma ideia, e disse que iria
anda de 200.
Numa manhã, a notícia se espalhou
na aldeia, que Robertinho estava muito doente. A multidão se aglomerava na
porta da casa de nosso herói. Muito abismados, porque nunca Robertinho pegou
nem frieira.
Robertinho, estava todo
“Travado”, duro, paralisado, e nem piscava. O enfermeiro que estava atendendo
Robertinho, já não tinha mais o que fazer. Então, o enfermeiro foi à radiofonia,
e chamou ajuda da FUNAI e Funasa.
Imediatamente, mandaram uma
equipe de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, para remoção de
Robertinho.
Um ícone de saúde, que naquele
momento estava caindo por terra. Chegando a Comunidade de São Luiz, a equipe viu
o “chororô” dos familiares. Constataram que a vida do grande Robertinho, estava
em perigo.
Um enfermeiro conduziu Robertinho
nos braços para o barco. Imóvel e sem piscar. Assim que colocaram Robertinho no
barco, o motorista deu a partida, e rumou Javari abaixo. Quatro voltas do rio,
como num passe de mágica, Robertinho que estava estático, pulou gritando:
- Parente, eu não disse que um
dia, eu ia andar de 200!
Sem nada para dizerem, os
profissionais que resgataram Robertinho, por pouco não o deixaram na beira do
barranco por conta de tamanha travessura!
De fato. Essa história aconteceu
no Vale do Javari!
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