Vistoria nas sedes da Cosama no interior revela cenário de abandono e caos


FOTO: DIVULGAÇÃO/COSAMA
Dando continuidade ao cronograma de visitas ao interior, o Governo do Estado, por meio da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), encontrou nos escritórios de Tabatinga, São Paulo de Olivença e Benjamin Constant um cenário de abandono e desorganização das gestões anteriores.

Em Tabatinga, cerca de seis mil hidrômetros (utilizados para verificar a medição correta do uso da água) estavam armazenados há mais de 10 anos. Os equipamentos deveriam ter sido instalados, mas estão se deteriorando, causando um prejuízo à população de aproximadamente R$ 500 mil.

Além disso, as instalações da Companhia estão com as estruturas desgastadas, equipamentos sucateados, reservatórios quebrados, tanques de dosagem da água precisando de reformas, além de depósitos e almoxarifados sujos e com materiais mal acondicionados.

De acordo com o presidente da Cosama, Armando do Valle, serão realizadas medidas organizacionais e estruturais. “O interior do Amazonas possui inúmeras peculiaridades, e dar a devida importância ao abastecimento de água sob os aspectos sanitários e econômicos é a prioridade do governador Wilson Lima. Para isso, estamos trabalhando para proporcionar água de qualidade às famílias”, ressaltou.

Distribuição da água -  A laboratorista de São Paulo de Olivença, Idarlene Costa, explica que, até chegar à casa do consumidor, a água precisa passar por várias etapas para que se torne adequada para o consumo, dentre elas a captação (coleta), tratamento, armazenamento e distribuição. “Aqui, no município, um dos nossos maiores problemas é a captação, que ainda é feita de igarapé, que tem sazonalidade. Para que seja ampliada, o ideal é ser realizada pelo rio Amazonas”, explicou.

Inadimplências - De acordo com dados do setor comercial da Cosama, desde 2007, os cadastros estão desatualizados nos municípios. Em Tabatinga existem 7.410 ligações de água e a inadimplência chega a mais de R$ 800 mil. Em São Paulo de Olivença são 2.780 ligações cadastradas e dividas de R$ 390 mil. Em Benjamin Constant são 4.674 ligações e R$ 850 mil dos usuários inadimplentes.

Em um prévio levantamento feito pela equipe durante a visita, foi identificado a necessidade da instalação de 5 mil novas ligações.

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