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Dragas atracam no Rio Madeira, próximo ao município de Autazes. — Foto: Silas Laurentino |
Balsas e dragas usadas por
garimpeiros para extração de ouro atracaram no Rio Madeira, próximo à
comunidade de Rosário, no município de Autazes, distante 113 quilômetros de
Manaus. As embarcações começaram a chegar ao local há cerca de 15 dias, quando
surgiu a informação de que havia ouro na região da comunidade.
De acordo com Danicley Aguiar,
ativista do Greenpeace, há mais de 300 balsas no rio, sem licença ambiental
para mineração.
Nesse processo de mineração, as
embarcações revolvem o fundo rio, sugam o material para filtrar o ouro e
devolvem a água em seguida.
Em nota, o Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas (Ipaam) confirmou a movimentação anormal de dragas e
informou que será feito um diagnóstico apurando a real situação no local. O
texto informa, também, que atividades de exploração mineral naquela região não
estão licenciadas, portanto, se existindo de fato, são irregulares.
São dezenas de balsas,
empurradores, barcos e todo o aparato para extração de ouro no rio. Os
equipamentos formam uma vila flutuante em frente à comunidade. A chegada das
dragas assustou os moradores da região.
O trecho do Rio Madeira é usado
por moradores de Nova Olinda do Norte, Borba e Novo Aripuanã para chegar a
Manaus em lanchas. O trajeto é mais curto do que utilizando a estrada BR-319,
que é conhecida por estar muito deteriorada.
O Rio Madeira sempre foi alvo de
garimpeiros ilegais em busca de ouro.
Além da mineração, o Ipaam
destaca em nota que pode haver outras possíveis ilegalidades que devem ser
investigadas, tais como: mão de obra escrava, tráfico, contrabando e problemas
com a capitania dos portos.
O Ipaam ainda diz que está
buscando informações, com intuito de planejar e realizar as devidas ações no
âmbito de sua competência, integrado aos demais órgãos estaduais e federais, e
informou que comunicaria o fato ao comando da Segurança Pública do Amazonas
(SSP), além de pedir apoio federal para apurar a ocorrência.
Em nota, o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informa que teve
ciência do caso e, nesta terça-feira (23), reuniu-se com o Instituto de
Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para alinhar as informações, a fim de
tomar as devidas providências e coordenar uma fiscalização de garimpo na
região.
Também em nota, a Polícia Federal
informou que "se encontram em andamento, tratativas interinstitucionais
sobre a notícia dos garimpeiros na calha do rio Madeira. Assim que reunidas
informações e dados acerca de ações desta Superintendência Regional da Polícia
Federal sobre o assunto em questão, encaminharemos para o conhecimento de
todos".
A presença de garimpeiros com
balsas atuando na extração de ouro ao longo do rio Madeira não é novidade. Em
setembro, um grupo se instalou na região da cidade de Humaitá, a 700 km de
Manaus
Via g1
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