(Foto: Gilson Mello/Freelancer) |
Com a temática 'Lutas,
resistência e revolução', bumbá lembrou a quantidade de negros que protegem a
floresta e vivem como indígenas
Para Antônio Andrade, presidente
do Boi Garantido, a proposta do bumbá na segunda noite do 55º Festival
Folclórico de Parintins foi compreendida pelos jurados. "[A noite] foi
perfeita. O boi coube na luz, demos a nossa mensagem e o melhor, a nossa nação
está feliz", analisa ele.
A apresentação, que veio
sob o tema "Lutas, resistência e revolução", terminou com 2 horas e
29 minutos de duração e trouxe um Boi Garantido engajado na visibilização da
população negra que vive na Amazônia. O fato foi comentado por Andrade.
"Você não vê uma quantidade
enorme de negros nas grandes cidades porque eles estão nas florestas, nos
quilombos. São mais de duas mil comunidades quilombolas e eles protegem a
floresta como os indígenas", declara ele.
Ele também avaliou a abordagem do
bumbá acerca da superação da Covid-19, possível graças às pesquisas e à
medicina. "Perdemos muita gente, e nós estamos aqui por nós e por eles,
temos que dizer isso na arena. A ciência está salvando o mundo e o Boi Garantido
também é o boi da ciência", pondera.
Após duas noites de reflexões
sobre os ataques e invisibilização aos povos e terras indígenas, bem como a
reflexão acerca dos males que assolam a humanidade, Andrade afirma que, na
terceira noite, o tema "Utopia vermelha" carrega um momento da
esperança e da alegria.
"Para mostrar que a utopia é
possível e que a humanidade pode ser feliz. Para que a diversidade possa ser
respeitada, de modo que se tenha igualdade, liberdade e unidade. Essa é a
mensagem do Boi Garantido e vamos festejar amanhã", completa Antônio.
Batucada do Garantido (Arlesson Sicsu)
Via Portal Acritica
Comentários
Postar um comentário