Palmeiras muda postura fora de
casa e surpreende Grêmio com pressão e precisão
Verdão vence a quinta no
Campeonato Brasileiro e sobe para a terceira colocação
Se o Palmeiras enfrentou
o Cruzeiro fora de casa, na oitava rodada do Campeonato Brasileiro, acuado
e esperando uma bola para sair no contra-ataque, na décima rodada, diante
do Grêmio, na última quarta-feira, tudo foi diferente.
A equipe comandada por Roger
Machado não se initimidou com a, até então, melhor defesa do Brasileirão,
apertou a marcação e complicou a saída de bola dos gremistas, que tem em seus
volantes a principal válvula de escape do time de Renato Gaúcho.
– Tem quatro jogadores no Grêmio
que dificilmente perdem a bola. O Arthur, o Maicon, o Everton e o Luan. A
retenção da bola por esses jogadores permite que o Grêmio ganhe campo. Era
importante não permitir que esses jogadores tivessem conforto para ficar com a
bola. A gente roubando tivesse a condição, e não no nosso campo de defesa. Era
sempre que possível pegar dentro do seu campo para neutralizar na origem as
principais ações do Grêmio – afirmou o treinador alviverde após a vitória por 2
a 0.
E eles não tiveram conforto. Na
imagem abaixo é possível ver essa pressão feita pelo Verdão durante o
confronto. No lance destacado, aos 20 minutos do primeiro tempo, o atacante
Luan recebe uma bola na zona defensiva para iniciar uma jogada ofensiva, mas
logo sofre o combate de Thiago Martins, que sai deixa zaga para impedir o
avanço do adversário.
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Mano classifica polêmicas como
estranhas e diz que árbitro "segurou" Cruzeiro
Técnico da Raposa reclama de dois
pênaltis não marcados a favor do clube no empate por 1 a 1 com o Vasco
Mano Menezes olhou com cara de
poucos amigos para o árbitro Luiz Flávio de Oliveira quando ele apitou o fim do
jogo no Mineirão. Isso porque o técnico do Cruzeiro considerou que dois
pênaltis não foram marcados a favor do clube no empate por 1 a 1 com o
Vasco (veja no vídeo abaixo). O primeiro deles foi em Edilson, no primeiro
tempo. Já o segundo foi na etapa final, sobre o atacante Raniel.
- Acho que na outra vez que o
Vasco veio, ele segurou a gente. Hoje, seguraram a gente. Não tiveram nem
classe para fazer. Se quisessem fazer, que tivessem competência para fazer.
Todos viram. Eu não gosto de falar de arbitragem. Porque eu sou o chorão sempre.
O técnico classificou as
polêmicas da partida como “tudo meio estranho”. Porém, ele também observou
qualidades no volume do jogo do Cruzeiro, que pressionou o Vasco,
principalmente com vários cruzamentos na área.
- Não gosto de falar sobre o
adversário. Ele tem o direito de pensar o que tem que fazer. Se estivesse do
lado de lá, faria o mesmo. Tudo tem sua hora e seu tempo no futebol. O Cruzeiro
mereceu porque aconteceu o gol e mais dois lances de penalidade não marcados.
Poderíamos ter vencido com mérito, uma vitória de virada, bem construída. O
mérito que estão vendo do lado de lá, poderia não estar sendo discutido.
O Cruzeiro tem mais dois
compromissos antes da pausa para a Copa do Mundo. As duas partidas são fora de
casa, diante de Chapecoense e Paraná.
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Análise: antes exemplo, defesa
começa a virar preocupação no Corinthians
Apesar da boa fase de Balbuena e
Henrique, setor dá mais sinais de instabilidade em empate com o Santos; na
frente, Roger se adapta aos poucos
uando Rodrygo pega a bola e ensaia
o cruzamento no lado esquerdo, que leva perigo ao Corinthians, Balbuena está
fora da área, Henrique e Sidcley ficam no meio dela, e Rodriguinho (?) é quem
fecha a linha, teoricamente responsável por acompanhar Victor Ferraz.
Resultado: o lateral do Santos
passa pelas costas de Rodriguinho, cabeceia livre e empate o clássico para a
equipe visitante em Itaquera.
Em cinco jogos, o Corinthians de
Osmar Loss tem perdido consistência na defesa. O empate
por 1 a 1 com o Santos, nesta quarta-feira, dentro de casa, mostrou mais
uma vez essa tendência.
Não que o Corinthians tenha
desaprendido a marcar – Balbuena e Henrique são dois dos melhores jogadores do
time nessa fase, por exemplo. Mas, em relação à equipe de Fábio Carille, que
sofria poucos gols (menos ainda depois que abria o placar), há diferenças
significativas.
Veja abaixo alguns dados:
Nenhum dos cinco jogos sob
comando de Osmar Loss teve a presença de Fagner, que dá equilíbrio à linha
defensiva pelo lado direito. Os rivais têm atacado pelo lado de Mantuan, e os
gols vêm saindo. Nesta quarta, ele precisou de ajuda para segurar Rodrygo;
O Corinthians já levou uma
virada no período – para o Inter – e deixou o rival empatar em uma
ocasião, contra o Santos. No Brasileirão do ano passado inteiro, não
tomou uma virada sequer. Quando perdeu, já começou atrás no placar;
O time tem exercido marcação
mais baixa quando o rival tem a bola, até mesmo em casa. O Corinthians
"sabe sofrer", mas tem sofrido bem mais do que o necessário;
Em cinco jogos, são cinco
gols sofridos – a média não é ruim, mas já aumentou.
O Corinthians volta a campo no
próximo sábado com pressão um pouco maior do que já carregava: enfrenta o
Vitória, rival da zona de rebaixamento, novamente em Itaquera. O ataque já era
uma preocupação recorrente, como mostraremos abaixo. Agora, porém, a defesa passa
a inspirar preocupações. E não terá Balbuena, convocado para a seleção
paraguaia. Talvez
ele nem volte...
No primeiro tempo do clássico,
principalmente, Roger foi alvo dos meias e laterais, que a todo momento
investiam nas bolas alçadas em vez de jogar pelo chão, com velocidade. No
fim, foram 35 cruzamentos do Corinthians, apenas sete certos.
Em alguns desses casos, as bolas
foram mal levantadas, ou com muita força, ou sem direção. Em outros, o
centroavante não entendeu a jogada e se posicionou mal, escondido atrás dos
zagueiros.
Na primeira tentativa de
triangulação, no início do segundo tempo, saiu o gol: Roger, que tem, sim,
qualidade, antecipou-se a Lucas Veríssimo para finalizar jogada tramada por
Pedrinho e Rodriguinho. O 1 a 0, em outros tempos, seria suficiente.
Neste Corinthians em transição,
porém, não é. Sem a segurança necessária, o Timão sofre além do que pode e toma
gols. Foi assim com Victor Ferraz. E só não foi pior porque Gabigol perdeu duas
chances, uma delas inacreditável, sem goleiro. Uma derrota poderia trazer
efeitos ainda mais graves a um trabalho que está no começo. O empate, porém, já
não esconde os problemas.
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