ADEUS, PRETA



A cantora e empresária Preta Gil morreu na noite deste domingo (20), aos 50 anos, nos Estados Unidos. A artista estava no país para tratamento contra um câncer colorretal, diagnosticado em janeiro de 2023.

Preta Gil era filha do cantor e compositor Gilberto Gil e da empresária Sandra Gadelha. Sua carreira musical incluiu gêneros como axé, samba e pop. Ela também era conhecida por comandar o “Bloco da Preta” no Carnaval, por sua atuação como apresentadora e por suas decalarações contra o racismo e contra a submissão das mulheres em um padrão estético praticamente inalcançável para a maioria da população.


Nos últimos anos, Preta enfrentou a doença de forma pública e inspiradora, compartilhando suas experiências e lutas contra o câncer. Sua trajetória e coragem foram reconhecidas e admiradas por muitos. Ela deixa um filho, Francisco Gil, e uma neta, Sol de Maria. O horário e local do velório ainda não foram divulgados.



Gilberto Gil e Sandra Gadelha apresentam Preta, recém-nascida. Imagem: Reprodução/Instagram

Desde o diagnóstico, Preta passou por uma intensa batalha contra a doença, enfrentando cirurgias e complicações graves, incluindo uma parada cardíaca durante um dos procedimentos. Apesar de ter conseguido se recuperar de alguns episódios críticos, seu estado de saúde deteriorou-se nos últimos dias. Segundo relatos de familiares e amigos, a cantora apresentava fraqueza intensa e perda de resistência física devido ao avanço agressivo da doença.


Trajetória de Preta Gil

Preta Maria Gadelha Gil Moreira nasceu no Rio de Janeiro em 8 de agosto de 1974. Era filha do cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil com Sandra Gadelha, sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa – expoentes do movimento tropicalista. Sua trajetória artística foi marcada por uma atuação multifacetada: além de cantora, era apresentadora, empresária e defensora de diversas causas sociais.


Mulher preta, bissexual e fora dos padrões estéticos convencionais, Preta se tornou símbolo de representatividade e combateu com firmeza o racismo, a gordofobia e a homofobia. “Eu costumo dizer que eu era a Preta no mundinho da Tropicália, achava que as pessoas eram que nem a minha família. O mundo não era assim”, disse em entrevista à Forbes.

Seu filho, o músico Francisco Gil, conhecido como Fran, é integrante do grupo Gilsons — projeto formado com o filho e o neto de Gilberto Gil.

O Brasil perde uma artista talentosa, uma mulher corajosa e uma voz importante na luta por inclusão, respeito e liberdade de ser.




Por: ICL Noticias

 

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