O Vaticano divulgou neste sábado (18) uma mensagem destinada “às
famílias do mundo todo” como resultado do Sínodo dos Bispos, reunião com
cardeais convocada pelo Papa Francisco. O texto denuncia as “inúmeras
crises matrimoniais” e “eventos dramáticos” que elas sofreram, mas não
menciona o casamento homossexual – assunto que divide os participantes.
O "Relatio Synodi", como é chamado o documento final, foi concluído
após duas semanas de estudos dos problemas da família moderna em todos
os continentes, com o objetivo de tentar abrir a Igreja às uniões
livres, aos divorciados e aos homossexuais, embora estes dois últimos
temas tenham gerado reticências. No total, 183 padres sinodais
participaram da votação, e cada ponto dos 62 parágrafos do documento foi
submetido a votação.
Três pontos não tiveram a maioria de dois terços necessária, o da
homossexualidade e o acesso à comunhão para os divorciados que tornam a
se casar, informou o Vaticano. Toda a documentação, tanto os rascunhos
quanto as correções, foi divulgada pelo Vaticano.
Havia expectativa de uma abertura à união de casais do mesmo sexo,
já que no começo desta semana, os primeiros rascunhos deste documento
indicavam uma grande mudança de tom sobre a participação dos gays na
igreja. Um texto afirmava que os homossexuais têm “dons e qualidades
a oferecer” e indagou se o catolicismo pode aceitar os gays e
reconhecer aspectos positivos de casais do mesmo sexo.
"O Papa pediu que fosse publicado tudo, com total transparência, o que
mostra um alto grau de maturidade", disse Manuel Dorantes, um dos
porta-vozes. O texto será divulgado em todas as dioceses do mundo,
juntamente com um questionário, e servirá de base para o próximo sínodo,
programado para outubro de 2015. "Temos um ano para amadurecer",
afirmou o Papa, que elogiou o vigor dos debates. "Se não tivesse havido
discussões acaloradas, teria ficado preocupado", comentou, diante dos
bispos
Redigido em um estilo simples, o texto refere-se “ao consolo e à
exortação, à sombra e às luzes”, resumiu o cardeal Gianfranco Ravasi,
presidente da Comissão para a Mensagem. “Nós refletimos sobre o
acompanhamento pastoral e a questão do acesso aos sacramentos das
pessoas divorciadas que voltaram a se casar”, indica a mensagem.
O texto destaca o “grande desafio da fidelidade no amor conjugal”,
provocado “pelo enfraquecimento da fé e dos valores, pelo
individualismo, pelo empobrecimento das relações, pelo estresse que
impede a reflexão”. “Vemos inúmeras crises matrimoniais, enfrentadas de
maneira rápida, sem a coragem da paciência, da reflexão, do perdão
mútuo, da reconciliação e até do sacrifício”, diz o material.
“O amor conjugal, único e indissolúvel, persiste, apesar das inúmeras dificuldades: é um dos mais belos milagres, mesmo que seja o mais comum”, afirmam os religiosos no documento, ressaltando o apoio que a família estável busca para seus membros em dificuldade.
Uma imagem é usada como símbolo do lar familiar, “a luz que brilha durante a noite por trás das janelas das residências modestas das periferias ou dos barracos”.
Refletindo a postura do Papa Francisco, o relatório final condena “o fetichismo do dinheiro” e menciona “as famílias pobres que se amontoam em um barco ou emigram pelos desertos”, “as mulheres submetidas à exploração”, “as crianças e as jovens vítimas de abusos” em suas próprias casas.
Em uma oração final, os bispos fazem referência ao direito a uma “casa para se viver em paz” e a um trabalho para “poder ganhar o pão com as próprias mãos”.
“O amor conjugal, único e indissolúvel, persiste, apesar das inúmeras dificuldades: é um dos mais belos milagres, mesmo que seja o mais comum”, afirmam os religiosos no documento, ressaltando o apoio que a família estável busca para seus membros em dificuldade.
Uma imagem é usada como símbolo do lar familiar, “a luz que brilha durante a noite por trás das janelas das residências modestas das periferias ou dos barracos”.
Refletindo a postura do Papa Francisco, o relatório final condena “o fetichismo do dinheiro” e menciona “as famílias pobres que se amontoam em um barco ou emigram pelos desertos”, “as mulheres submetidas à exploração”, “as crianças e as jovens vítimas de abusos” em suas próprias casas.
Em uma oração final, os bispos fazem referência ao direito a uma “casa para se viver em paz” e a um trabalho para “poder ganhar o pão com as próprias mãos”.
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