De O Globo
BERLIM — A chanceler alemã Angela
Merkel afirmou nesta segunda-feira que o atropelamento que matou 12 pessoas em um
mercado de Berlim está sendo oficialmente tratado como um ataque terrorista. Os
investigadores interrogam um suspeito de dirigir o caminhão que avançou sobre o
mercado de Natal e já haviam reforçado mais cedo a suposição de que o este foi
um ato deliberado. Forças especiais de segurança também fizeram uma operação de
busca em um abrigo para refugiados da capital alemã durante a madrugada. Até o
momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, que deixou ainda 48
feridos, dos quais 18 estão em estado crítico.
Nesta manhã, Merkel agradeceu o trabalho dos
socorristas e expressou profunda tristeza pelo que chamou de um ato horrível. E
ainda disse que visitará o local atingido pelo caminhão com o prefeito de
Belim, Michael Müller, e o ministro do Interior, Thomas de Maizière, após se
reunir com o seu gabinete.
— Esperamos que as pessoas se recuperem e possam
continuar a viver depois deste dia horrível. Com base nas informações que
temos, nós acreditamos que este foi um ataque terrorista. Este episódio
indescritível será severamente punido de acordo com as nossas leis — declarou a
chanceler em um pronunciamento televisionado.
Maizière confirmou os relatos de que o suspeito de
dirigir o caminhão que avançou sobre a multidão era provavelmente um refugiado
de origem paquistanesa. Sem dizer o seu nome, ele disse que o suspeito chegou à
Alemanha em dezembro do ano passado e, em fevereiro, a Berlim. Ele chegou a se
registrar para pedir abrigo no país, mas o processo não chegou a ser
completado, segundo o ministro, e agora nega as acusações de responsabilidade
pelo ataque.
Segundo o jornal alemão "Bild", o
motorista suspeito de dirigir o caminhão tinha 23 anos e foi identificado como
Naved B. O jovem, de origem paquistanesa, teria chegado à Alemanha há cerca de
um ano pela rota dos Bálcãs. Ele não estava na mira de forças de segurança por
atividades suspeitas ou possíveis conexões extremistas. Nesta terça-feira, os
investigadores alemães interrogam o suspeito, que foi recapturado após mas sem
oferecer mais detalhes sobre a sua identidade.
— Estamos interrogando um suspeito. Nós ainda não
sabemos nada, mas não vamos descansar até que isto tenha sido totalmente esclarecido.
Não quero falar sobre um ataque, embora haja muitos pontos para ele — disse,
mais cedo,Thomas de Maizière.
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