BRASÍLIA - O presidente Michel
Temer não deve assistir às primeiras duas horas do julgamento do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) que pode lhe cassar o mandato. Nesta terça-feira, no
mesmo horário em que o plenário do TSE retoma o caso, Temer estará em um jantar
com empresários e autoridades no SESI. A sessão desta quarta-feira na Corte foi
antecipada das 19h para as 9h, o que pode fazer com que o julgamento desta
terça-feira não invada a madrugada.
Haverá um jantar para a inauguração da sede do Conselho Nacional do SESI, que reúne federações de indústrias estaduais, entidades empresariais, governo e sindicalistas. Temer deve discursar na abertura do encontro, para o qual também foram convidados ministros e parlamentares. A presença do peemedebista foi definida na noite desta segunda-feira.
O TSE definiu quatro sessões
plenárias exclusivas para o julgamento da ação — feita em 2014 pela coligação
nacional do PSDB e DEM, atuais aliados do governo Temer — que pede a cassação
da chapa da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer à eleição
presidencial daquele ano. A alegação é que a chapa se valeu de abuso de poder
político e econômico.
O pleno do tribunal se reunirá,
além desta terça-feira às 19h, na quarta-feira às 9h — antes o horário era às
19h —, e na quinta-feira às 9h e 19h. Qualquer ministro pode pedir vistas e
interromper a votação, sem prazo para devolver o processo.
A Corte havia se juntado para
analisar o processo em 4 de abril, mas decidiu ouvir novas testemunhas. Dias
antes dessa sessão, Temer havia nomeado Admar Gonzaga para uma cadeira no TSE,
em substituição a Henrique Neves, cujo mandato terminara. No dia 20 de abril, o
presidente nomeou mais um ministro: Tarcísio Vieira, no lugar de Luciana
Lóssio, que também havia chegado ao fim do mandato.
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